19 de outubro • sáb.
“Esportista como Simone, paraense como Fafá, Jane Duboc entra na rara categoria de canárias respeitadas pelos músicos, como Rosa Passos e Leny Andrade. Tanto que gravou discos com Gerry Mulligan, com seu conterrâneo Sebastião Tapajós e com a Orquestra Jazz Sinfônica, regida pelo respeitado maestro Leo Peracchi. Sua gravação de “Manuel, o Audaz” é tão definitiva quanto a original de Toninho Horta. Boa vendedora de discos no Japão, já declarou (e fez registro gravado) que tem Minas dentro de si. Um dos momentos mais emocionantes de minha carreira de jornalismo foi assistir a uma oficina sua, num festival de inverno de Ouro Preto, em que transformou a plateia em coral poucos minutos. E fez os anjos barrocos adotarem sua voz de cristal como diapasão.” (Kiko Ferreira, jornalista)
Quando ouviu a voz de Jane Duboc pela primeira vez, Egberto Gismonti quis logo saber quem era a dona daquele verdadeiro instrumento musical. A paraense, que antes de cantar foi esportista premiada em competições em seu estado, começou a carreira profissional no início da década de 1970. Nos anos 1980 alcançou o sucesso com vários temas românticos, como “Chama da paixão”, “Sonhos” e “Besame”. Fez uma carreira sólida, cantando e compondo ao lado de grandes nomes da músca. Excursionou pelo Brasil e por vários países. Home is a river (2012), gravado em parceria com o pianista americano Jeff Gardner, é seu mais recente trabalho.
DISCOGRAFIA
Languidez (1980), Jane Duboc (1982), Som da Gente Ponto de partida (1985), Jane Duboc (1987), Feliz (1988), Além do prazer (1991), Brasiliano (1992), Movie Melodies (1992), Jane Duboc (1993), Paraíso - Gerry Mulligan e Jane Duboc (1994), Chama da Paixão (1994), Partituras (1995), From Brazil to Japan (1996), Todos os Caminhos (1998), Da Minha Terra - Jane Duboc e Sebastião Tapajós (1998), Clássicas - Zezé Gonzaga e Jane Duboc (1999), Jane Duboc Ao Vivo (2000), Sweet Lady Jane (2002), Sweet Face Of Love - Jane Duboc sings Jay Vaquer (2010), Home is a River (2012)